sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Austin coloca rating do Rural FIDC Premium em observação negativa
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 09 de agosto de 2013, colocou em observação negativa, para um possível rebaixamento no curto prazo, o rating ‘brAA-(sf)’ das Cotas Seniores do Fundo de Investimento em Direitos Creditórios - Rural FIDC Premium (Rural FIDC Premium / Fundo). Esta ação de rating decorre das incertezas geradas sobre os possíveis impactos na qualidade da carteira do Fundo, após o Banco Central do Brasil ter decretado, em 02 de agosto de 2013, a liquidação extrajudicial do Banco Rural S.A., estendendo-se também às demais empresas do Conglomerado Financeiro Rural: o Banco Rural de Investimentos S.A., o Banco Rural Mais S.A., o Banco Simples S.A., e a Rural Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários S.A. De acordo com o Banco Central, a medida foi tomada por conta do comprometimento da situação econômico-financeira e da falta de um plano viável para a recuperação da situação do banco. O Fundo encerrou jun/13 com elevada participação de Cotas Subordinadas em relação ao PL, sendo que essa correspondia a 40,1% do PL. Não obstante a elevada subordinação se mostrar capaz de cobrir a inadimplência apresentada pela carteira no segundo trimestre de 2013 (variou de 1,9% até 6,8% do PL do Fundo) e os créditos recomprados (com variação de 6,4% até 20,0% do PL), há imprevisibilidade quanto à capacidade de suporte proporcionada pelas Cotas Subordinadas diante dos possíveis reflexos negativos sobre a qualidade dos ativos subjacentes do Rural Premium nos próximos meses. Entre os principais riscos para a carteira, destacam-se: i) a impossibilidade de recompras de créditos após a liquidação do Banco Rural (único Cedente do Fundo), contribuindo diretamente para o aumento da inadimplência do Fundo; ii) o risco de fungibilidade, uma vez que os recursos dos créditos circulavam pela conta do Banco Rural, que também atuava como agente de cobrança do Fundo; iii) as incertezas quanto a possíveis retenções de recursos das empresas devedoras das Cédulas de Crédito Bancários (CCB), lastro do Fundo, e não repassados pela instituição financeira, comprometendo assim a situação financeira dessas empresas e, em última instância, corroborando para o crescimento da inadimplência do Fundo; e iv) o desestímulo à vontade das empresas em honrarem integralmente as obrigações de principal e juros nas CCBs lastro do Fundo, com provável contestação judicial, contribuindo também para a elevação da inadimplência do Fundo. Adicionalmente, cumpre destacar que existe ainda, a possibilidade de encerramento do Fundo, uma vez que em seu Regulamento a liquidação extrajudicial do Cedente é considerada um evento de liquidação antecipada. O Rural FIDC Premium é um Fundo aberto, com prazo de duração indeterminado. O Banco Rural S.A. é o originador de direitos creditórios do Fundo. Os recebíveis que lastreiam o FIDC Rural Premium são formados por Cédulas de Crédito Bancário (CCBs), originadas a partir de empréstimos, financiamentos e desconto de títulos concedidos pelo Banco Rural aos seus clientes (Cedentes), estes garantidos por duplicatas comerciais, cheques, direitos creditórios com domicílio bancário no Banco Rural e, notas promissórias. Os direitos creditórios são lastreados, de preferência, por garantias constituídas por recebíveis, mantidas nas carteiras de cobrança dos Cedentes com domicílio bancário no Banco Rural. Além dos créditos, o Fundo pode aplicar o restante em títulos de emissão do Tesouro Nacional, títulos de emissão do Banco Central, créditos securitizados pelo Tesouro Nacional, CDBs, fundos de investimento administrados pelo Banco Rural e demais ativos financeiros de renda fixa, exceto cotas do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
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