quarta-feira, 9 de março de 2011
Austin coloca o Rating de Cotas Subordinadas do FIDC Fornecedores Odebrecht em Observação Negativa
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 04 de março de 2011 colocou em observação negativa o rating A+ (“A mais”) das Cotas Subordinadas emitidas pelo FIDC Fornecedores Odebrecht. A observação negativa para as Cotas Subordinadas do FIDC Fornecedores Odebrecht está apoiada na metodologia de classificação de FIDCs da Austin Rating. Recentes notícias no mercado apontam para problemas administrativos na consultora especializada, Porto Forte Participações, Assessoria Financeira e Fomento Mercantil S.A. (Porto Forte/Consultora Especializada), responsável pela seleção dos direitos creditórios da carteira do Fundo. Assim, a observação negativa está atrelada a capacidade da Porto Forte continuar gerando créditos para o Fundo por meio da prospecção de fornecedores de empresas do Grupo Odebrecht. Estes problemas ainda não muito bem esclarecidos pesam negativamente contra a imagem institucional da Consultora e podem dificultar o trabalho da Porto Forte na originação e seleção dos créditos junto aos fornecedores das empresas do Grupo Odebrecht. Caso os aspectos acima se materializem o rating do Fundo poderá ser revisto. A nota continua considerando fortemente o perfil de risco que o FIDC Fornecedores Odebrecht poderá assumir, com base nos aspectos estruturais das principais características dispostas no seu regulamento. O rating também continua se fundamentando na capacidade de pagamento das empresas devedoras (Sacado) pertencentes ao Grupo Odebrecht. A carteira em direitos creditórios do Fundo deverá ser concentrada em empresas do Grupo Odebrecht, consideradas de baixo perfil de risco de crédito pela Austin Rating. O último relatório do Banco Bradesco S.A. (Bradesco / Custodiante) referente a posição 28/02/2011 enviado pela Concórdia S.A. Corretora de Valores Mobiliários; Câmbio e Commodities (Concórdia / Administradora) aponta para um PL total de R$ 9.984.084,18, todo em Cotas Subordinadas. Porém, o Fundo apresenta somente R$ 1.068.589,95 investido em Direitos Creditórios. O restante está investido em Títulos do Tesouro e Fundos de Renda Fixa do Administrado pelo Custodiante. Caso o Fundo não consiga em noventa dias, contados da data do início da operação, um mínimo de 50% do PL aplicados em Direitos Creditórios o mesmos ficará desenquadrado em relação a Resolução 356/2001 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Outro ponto importante é que se o Fundo não conseguir aumentar sua composição em Direitos Creditórios, a rentabilidade dos Títulos Públicos pode não ser suficiente para cobrir seus custos operacionais. Também, caso o Fundo emita Cotas Seniores com meta de rentabilidade superior ao CDI e não consiga aumentar a proporção do volume de Direitos Creditórios observada, poderá haver deterioração progressiva das Cotas Subrodinadas para satisfazer a rentabilidade das Cotas Seniores.
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