quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Austin afirma Rating BBB ao Banco Rural S/A
O Comitê de Classificação de Risco da Austin Rating, em reunião realizada no dia 11 de dezembro de 2007, confirmou o rating BBB e a perspectiva estável ao Banco Rural S/A. O Rating está fundamentado na adequada solidez financeira do banco espelhada nas demonstrações financeiras auditadas de junho e setembro de 2007. Os números retratam o estágio aprofundado da reestrutuação operacional em curso, com o registro de um nível de despesas compatível com a escala de negócios da instituição, em processo de redução desde o ano 2004 e acelerado em função dos eventos que afetaram os bancos médios no final daquele ano em um primeiro momento e, a imagem do banco, em particular, em meados de 2005. O indicador de eficência (despesas/receitas) do banco melhorou no período, caindo de 117,5% em junho de 2006 para 66,6% em junho de 2007. O Rural, ao contrário de semestres anteriores, marcados pela queda da captação líquida, aumentou ligeiramente o saldo de CDBs emitidos ao final do semestre, fechando junho passado com R$ 1.079 milhões contra R$ 966 milhões em dezembro de 2006. Ao longo do terceiro trimestre, ao contrário, fez uso de cessões de crédito para fazer frente a resgates de depósitos de aplicadores e retraiu a produção de créditos para pessoas jurídicas a fim de manter o níveis de liquidez reportados nos últimos semestres. Em comparação com o período entre junho de 2004 e dezembro de 2006, a carteira de crédito bancada apresentou-se mais estabilizada em termos de saldo, cabendo mencionar positivamente no entanto, que a produção cedida de crédito consignado para FIDCs e instituições financeiras, em apenas seis meses, até o final de junho deste ano, ficou próximo à toda originação realizada em 2006. Embora a boa qualidade da maioria da carteira de crédito tenha permitido ao Rural monetizar parcela expressiva destas operações e honrar depósitos durante as referidas crises, seu indicador de inadimplência medido pela Austin (vencidos acima de 60 dias/total da carteira), por conta cabe mencionar de uma política de classificação de risco mais conservadora adotada pela administração, atingiu patamares elevados com relação a seus pares e a seu histórico antes de 2004. Ao final de setembro de 2007, no entanto, o indicador melhorou dada a baixa de provisões contra o resultado e cessão de créditos em atraso classificados no nível H. A análise de gaps de prazo realizada pela Austin Rating identificou adequado casamento de prazos nas faixas de vencimento entre ativos e passivos remunerados. A produção nova de crédito tem sido retomada com mais vigor graças à possibilidade de realização de cessões periódicas aos FIDCs constituídos pelo banco desde o ano passado, oferecendo a liquidez necessária com esta modalidade de crédito, para atendar a resgates de depositantes. A captação de CDBs do Rural enconta-se concentrada em torno de poucos depositantes, notadamente pessoas jurídicas não financeiras e o remanescente perante pessoas físicas. O índice de capitalização da instituição (Basiléia) que declinou de 15,5% em junho de 2006 para 13,4% em junho de 2007, deverá apresentar aumento até o final do ano, com a injeção por parte dos acionistas de R$ 100 milhões no capital (homologado em novembro pelo BC), fruto da venda a terceiros por empresa do grupo, de precatório detido junto ao governo do Estado de São Paulo. A entrada destes recursos amplia a capacidade de originação e retenção de créditos pelo banco, em um momento de retomada gradual de suas atividades.
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